sexta-feira, abril 29, 2005


Como quem não quer a coisa

O dia da mãe é bonito,
Flores e bombons e assim.
Como o dia do pai,
Dia de miminhos azuis.
Também sabia bem um dia da tia,
Grande almoço em Cascais.
Como um dia do tio,
Coisas que tais.
Até o dia da madrinha,
Folares reais.
Como o dia do padrinho,
Corleones e mais.

E um dia da Prima…

quinta-feira, abril 28, 2005


Afinal

O clube com maior número de adeptos portugueses é o Chelsea.

-Do FCP serão todos os admiradores de Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira (este, também, especialista em basketball)... uns 35 mil, por cima.

-Do SLB, todos os fans de Tiago... uns 8 milhões, por baixo.

-De outros clubes portugueses serão todos aqueles anonimamente anónimos.

-Do sexo feminino, sem pejo, quase todas as mouramas e não só...

Ok, muito bem, finalmente um clube que destrona em simpatia o Glorioso!

Parabéns Pinilla: a sorte sempre faz parte del juego...

terça-feira, abril 26, 2005


A lista dos mações *

Não é um caso de much ado about nothing?

Sempre me foi transmitido, por quem viveu a dita longa noite, que os membros da Legião Portuguesa e os agentes da polícia política estavam inseridos na comunidade e eram conhecidos de todos. Qual segredo de Polichinelo, aquilo eram casos de Multitamanco mesmo.

Só os informadores seriam, por definição, secretos. Não consta essa como lista em causa, mas que fosse, qual a surpresa da Maçonaria porventura a deter...? Tenham juízo e vasculhem os cofres, quem não possuirá um exemplar, entre Moscovo e Langley, incluindo a Opus Dei e a senhora de limpeza? Não foram os famigerados arquivos mais devassados que decote de cocotte em dia de São Escuteiro?

Que tal alguma inquietação pela forma como os inquéritos criminais passam impunemente para a imprensa? Ou como, logo que alguém é nomeado para um cargo público, as redacções começam a receber informação confidencial sobre as finanças, a saúde e as noites do titular? Aqui entre nós - no segredo da blogosfera, que é quase tão recatada como a Torre do Tombo – parece-me que era capaz de ser bem mais profícuo do que empolar infantilidades mal resolvidas de machos adultos a brincar às organizações super secretas, seja com cilícios ou com aventalinhos.

* versão corrigida, com desculpas pelo revisionismo e gratidão a quem se preocupa


Mourinho, the Blues and the Reds

Os vermelhos têm um historial negro com José Mourinho. Tanto cá, como lá. Por cá, deixaram-no fugir por duas vezes, envolto em brumas cinzentas. Por lá, já vão em três derrotas: duas em branco para a Premiership e a final da Carling Cup. Claro que desta vez o Liverpool está coberto de brios: a opção é entre a Champion’s League ou nada. No Chelsea, apesar da época dourada, sente-se o peso do rival e do seu desespero. A vitória não é nada clara… Neste ambiente colorido, do que eu gostei mesmo foi da entrevista de John Terry, o capitão dos Blues, que disse:
- We've got a long way to go but we've got a chance. If anyone can do it, it's our manager.

segunda-feira, abril 25, 2005


Português, feriado, 31 anos de idade

Quanto tempo até que o aniversário se transforme num qualquer 5 de Outubro, com meia dúzia de jarretas a colocar um ramo de flores no Largo do Carmo, enquanto o repórter de rua pergunta aos populares: Sabe o que se celebra hoje? E estes a responderem: o dia do cravo?


Rescaldo do caldinho do Caldas

Paulo Portas: Confessou-se, agora, convencido que o contrato de confiança do povo com a maioria estava caducado desde o abandono de Durão Barroso. Calou-se, então, pois precisava de mais uns meses para fechar outros contratos.
Telmo Correia: Outra prova de que o tabu não é eficaz a arregimentar apoios.
Ribeiro e Castro: Era mais do que tempo do CDS voltar a ter um líder sem cara de obstipado crónico.


Paparatz no Comedy Central

A propósito dos sucessivos escândalos de pedofilia na Igreja Católica Americana e do seu encobrimento: I went to confession and I said to the priest "You, first!". I didn't have to watch this smoke... they have been blowing up smoke at us for the last three years.

Sobre Ratzinger: Usually when I see a German guy on a balcony with an adoring throng, it tends to make me a little nervous... (...) but, well, he's 78, even if he's a screw up, he’ll be gone in two years.

Dennis Miller, The Daily Show with Jon Stewart

terça-feira, abril 19, 2005


Às trevas!

Não sou católico, nem apostólico, nem romano. Sou cristão, no sentido mais ecuménico da palavra. Também por isso, mas não só, estou profusamente perplexo com a escolha emanada deste conclave.

Joseph Ratzinger é o dogma, a intransigência, o radicalismo em espírito insano. Representa o pior do menos bom de seu predecessor, a incapacidade brutal em abranger os sinais dos tempos, a inabilidade cruel em compreender todo o relativismo humano.

Numa sociedade dita cada vez mais global, mas onde os dogmas das religiões monoteístas vão prevalecendo ante direitos e valores fundamentais tão recentemente conquistados, parece-me crível que o espírito de Assis ficará francamente comprometido. E isto tocará a todos, crentes ou não crentes.

segunda-feira, abril 18, 2005


Mais um...

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Largos Dias Têm 100 Anos
É preciso ter o sentido das prioridades.

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Pela Demi Moore.

Qual foi o último livro que compraste?
Anjos e Demónios, Dan Brown
Alguém tem de comprar, é como os cds do Marco Paulo: ninguém gosta, mas o gajo vende, vende, vende...

Qual o último livro que leste?
Branca de Neve e os Sete Anões
E foi há menos de uma hora.

Que livros estás a ler?
Anos perdidos, Miguel Sousa Tavares

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
O Novo Código da Estrada
Ninguém leva mais do que um, não vou ser eu o intelectual do blog.

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
À Francisca ao cubo.


Ausência



Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderia dar senão a mágoa de me veres eternamente exausta.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei… Tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei a minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais do que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Vinícius de Moraes


Figas!

António Guterres está nas Nações Unidas a fazer exame para Alto Comissário. Cargo soberbo, como, aliás, seria qualquer que o afastasse de Belém. Baixo Comissário, por exemplo. Ou Médio Intendente.

Uma comissão de especialistas testa as capacidades guterristas "em matéria de diplomacia, gestão, mobilização de recursos e conhecimento das questões dos refugiados". Gestão e mobilização de recursos? Hmmm, poderá passar reprovado a duas?

Torcendo...


Piquena exortação

Às vezes, dou por mim imaginando como seria este blog se todos nós, os guardadores, escrevêssemos regularmente.
Sem qualquer laivo de modéstia, e conhecendo-os há uns bons anos, tenho a certeza quão mais pertinente o espaço seria. É certo que, muito provavelmente, já estaríamos à batatada e em plena batalha campal, em concomitantes quezílias, repletas de razões a – por - entabular, mas também seria por aí, ou por aqui, que residiria o maior gozo ou a maior excitância – como alguém tanto gosta de proferir...
E tal como nos nossos jantares em que a escolha do restaurante fica completamente condicionada pelas obscenas horas do seu encerramento – sem, obviamente nunca descurar o cardápio (oh, oh!) -, o contra-rótulo do Cartuxa 2001, como o Aracne de Franco Alexandre, seria escopo das mais criteriosas e opinativas recensões, argumentadas até à última sílaba, fervorosamente. Isto, obviamente, passando por puericultura, bola, cilindradas, culinária ou indumentária.
Cerejas, sim, mas que por cá, com tanta pena, não vislumbro.

domingo, abril 17, 2005


Eu hei-de

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Queria ser vários. Mas, já que tem que ser um: "As Aventuras Maravilhosas de João Sem Medo" de José Gomes Ferreira.

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Já, mas tinha os pés de barro.

Qual foi o último livro que compraste?
Eu hei-de amar uma pedra, A. Lobo Antunes

Qual o último livro que leste?
Memórias das Minhas Putas Tristes, G.G.Marquez. Uma boa ideia desbaratada pela pressa do autor em publicar qualquer coisa (pareceu-me).

Que livros estás a ler?
Reler: os Contos do Gin Tonic, M.Henrique Leiria
Ler: Eu hei-de amar uma pedra, A. Lobo Antunes

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?

Como construir o seu barco, de Pierre Gutelle

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
Já não tenho 3. Francisca e Diego as próximas vítimas.

sexta-feira, abril 15, 2005


É chato? Coça.

Sócrates pretende limitar os mandatos executivos.
Mais uma vez, é uma boa ideia. Uma ideia interessante, com pertinência e ampla empatia popular – a resvalar para o populacho, é certo, mas condicente com os estados engraçados tão caros aos socialistas.
Pena ser por encomenda, ainda não registada mas com aviso de recepção, cujo destinatário, Jardim, até merece. Veementemente.
Mas o problema é outro: o país não aguenta mais legisladores tapa-buracos e hiperactivos, paliativos e avulsos ou, no caso, persecutórios, sob pena de, mais uma vez, persistirmos na senda do redesenrascanço conjuntural. E esta coisa de ajuizar a parte pelo todo, o calhau pelo promontório ou a câmara pelos lobos, é de uma falta de criatividade atroz, ou pior, de uma vacuidade comovente. Já nem se trata de menor destreza, mas de repleta ausência de nervo. Chato.

quinta-feira, abril 14, 2005


TPB

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
O Homem sem qualidades, Robert Musil (III)
Nada como refrear um nico esta deliquescente presunção em que o Homem é eminentemente um ser social.

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Já (e felizmente a pergunta ficou por ali).

Qual foi o último livro que compraste?
1. História Universal 2, A Antiguidade: Egipto e Médio Oriente, Público, Salvat.
2. The Incredibles - Guia Essencial.

Qual o último livro que leste?
O gene egoísta, Richard Dawkins.

Que livros estás a ler?
Ravelstein, Saul Bellow.

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Nenhum! Só gajas nuas, mesmo.

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
À Francisca, ao Filipe e ao Diego.
Já comi a minha quota-parte...


Chain mail

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Hamlet
Já que tenho de decorar um texto e andar de um lado para outro a repeti-lo pela vida fora, que seja uma peça de teatro com bons solilóquios.

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Não, que me lembre.

Qual foi o último livro que compraste?
Divided Kingdom, Rupert Thomson

Qual o último livro que leste?
Os infortúnios trágicos da constante Florinda, Gaspar Pires de Rebelo

Que livros estás a ler?
A meio: O (Des)Caminho para Santiago, Cees Nooteboom, mas desconfio que não chego mais longe. Fui descaminhada.
Começado: The Men Who Stare at Goats, Jon Ronson

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Assim de repente, só me lembro do Manual do Escuteiro-Mirim
É natural que depois me venha o título de uma obra dedicada à culinária com cocos.

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
Francisca, Filipe, JoãoG e Diego.
Ou há equidade ou comem todos.

quarta-feira, abril 13, 2005


Zut!

Este espaço tem quatro contribuintes simpáticos. Quatro poços de gentileza. Quatro pessoas universalmente queridas. Por acaso, estão todos ausentes. Fofinhos fora, dia acerbo na loja.

Vai daí e acabaram-se os parabéns.

terça-feira, abril 12, 2005


Notícia de jornal

No dia 7 de Março de 2004, um indivíduo de 27 anos, arquitecto de profissão, matou a mãe. Desferiu-lhe várias pancadas na cabeça com uma pá, embrulhou a cabeça em plástico e enterrou o cadáver numa construção.

Foi ontem condenado a nove anos e meio de prisão.

Na aplicação da pena, o juiz teve em conta a confissão e colaboração do arguido, que, onze dias depois, se deslocou a uma esquadra para confessar o crime. Bem como o facto de ter manifestado, em audiência, arrependimento e pesar.

Transcrevo do Correio da Manhã:

"Havia um relacionamento sem laços afectivos, tendo o arguido manifestado temor em relação à mãe e vergonha relativamente ao comportamento desta", disse o juiz. Prevaleceu assim o facto de o arguido se ter queixado que viveu 27 anos de "tormento" devido à doença mental da mãe que não considerava como tal mas apenas como "Dalila". Além disso o Tribunal teve em conta o facto de o arguido "se encontrar, na altura, ligeiramente perturbado por um recente rompimento amoroso".

O jornal não diz, mas o matricida também padecia de uma ligeira indigestão. E andava mortificado com os indícios de uma calvície precoce. E a mãe vestia mal, o que lhe provocava enorme embaraço social. Para além de o dia estar chuvoso e deprimente.

segunda-feira, abril 11, 2005


Mendes, a bem da nação

Segundo o novo presidente do PSD, o referendo sobre o Tratado Constitucional europeu é prioritário em relação ao referendo sobre a despenalização do aborto, porque nunca foi feito, por ser urgente e por ser uma matéria de relevante interesse nacional.

Concordo. Não convém repetir referendos. Nem eleições. Uma pessoa farta-se de ouvir sempre as mesmas banalidades. E claro que o assunto é urgente, o diploma entra em vigor em 01 de Novembro de 2006. Entretanto, há por aí imensa gente a fazer constituições europeias clandestinamente, em condições desumanas. O que constitui problema de todos nós e hossana por haver quem sabe distinguir a relevância dos interesses.


Carlos de Inglaterra

... casou, finalmente, com a mulher dos seus sonhos. Ora, sonhos não se discutem. E a um tipo que teve o azar de apanhar com uma princesa do povo na vida nada se recusa. Mesmo que queira por força ir de burro.


Davam grandes passeios ao domingo

Como admiro pessoas que passeiam ao fim de semana... As que vão a Paris ver uma exposição. As que descobrem estalagens na montanha com excelentes oportunidades para desporto radical. As que almoçam no restaurante romântico a cem quilómetros da cidade e depois deambulam pela feira de artesanato local. As que vão olhar o mar do Guincho e lanchar travesseiros a Sintra. As que fazem excursões aos centros comerciais para comer gelados e ver montras.

Tudo farinha do mesmo saco, estes energéticos do passeio. Claro que a maioria beneficiou de cinco dias de descanso prévio.

sexta-feira, abril 08, 2005


Full circle and more

Em catraio, dava uma importância absurda à inteligência e classificava as pessoas pela sua capacidade intelectual. Às crianças muita barbaridade se perdoa e a culpa era, claro, de uma família nuclear competitiva. E com costas largas. Ao crescer aprendeu o valor da lhaneza e da abertura de espírito e deixou-se de crivos redutores.

Nos dias que correm, a vida profissional obriga-o a ensinar licenciados de fresco. A maioria com a etiqueta made in universidade da treta. Em consequência, é a favor duma autorização legislativa que permita a tais estabelecimentos fabricar directamente notas de quinhentos euros, em vez de diplomas. Defende que seria menos prejudicial para a economia do país. Infelizmente, ainda não foi ouvido nos corredores do poder e as fábricas de canudos, por enquanto não autorizadas a cunhar moeda, estampam tontinhos de ignorância confrangedora, que não sabem nem sonham. O inferno dele são os duros de neurónio com pretensões de agudeza.

Amanhã, pelo andar do seu desespero, vê-se – com liberal horror - a pugnar pela eugenia.

quarta-feira, abril 06, 2005


Policarpo... papável?

Pffffffffff!


Unfashionably late

O Bomba Inteligente fez dois anos de vida. Muitos parabéns à Charlotte de todos os guardadores de factos. Chuac!

terça-feira, abril 05, 2005


Intimidades

Isto do blog é como os interruptores: uns dias para cima… Há alturas em que não falta nem tempo nem assunto e os contribuintes se acotovelam à porta, armados de caixote e megafone, prontos para botar discurso. E depois há momentos em que a vida das pessoas se complica e a sobrevivência ocupa todo o tempo do mundo. Outros em que o essencial não deixa espaço sequer para o importante, quanto mais o acessório.

Não ajuda trabalharmos que nem cigarras. Como reza a sabedoria popular, agenda preenchida, dia santo no blog. Está visto que somos gente de minutos contados. E de horas perdidas, mas isso são outros euros. A sério, temos guardadores mais activos do que espantalhos em tempo de regresso dos pardais. Que serão aves migratórias, espero, a bem da símile.

Também não ajuda o facto de sermos pouco confessionais. British reserve be damned! É que quem fala de si tem sempre assunto, do progresso da dieta à erupção da borbulha. Não esquecendo o prurido do bebé, tema perene e apaixonante como poucos.

Menos, ainda, ajuda termos escolhido o anonimato. Não fora tal opção e oh! que peripécias da candidatura à Presidência da República do nosso estimado guardador de factos… adiante! adiante, que ainda se me escapa a comenda.

Não pensem que estou a desfazer nos blogs de relato da vida diária. Não, alguns dos meus favoritos são confessionais até à cor das peúgas. E é fascinante ler intimidades sobre as peúgas alheias. Quase tanto como ler desabafos sobre o prurido do bebé. Aliás, nestes tempos de interdisciplinaridade, até é natural que o prurido e a peúga estejam por aí ligados num qualquer blog intitulado "Coturno Odorífero". Um futuro êxito editorial, sobretudo se o coturno for de origem medieva (o que justificaria o fedor) e usado por membros de uma sociedade secreta de infantes com ambições de domínio do mundo. Ou do Toys're them.

Bom, isto para dizer que estou arrependida por não termos optado por uma linha editorial de intimismo, pois muito teríamos tido para desabafar nesta semana que passou. Assim, olhem, foi um branco que nos deu.